Recebi por mail uma informação curiosa sobre a cobrança de impostos por Portugal ao Brasil no séc. XVIII __ "o quinto"__ e também o quanto cobra atualmente o governo brasileiro aos seus contribuintes, sendo esse valor aproximadamente "dois quintos".
Transcrevo:
Aprendendo sobre mais uma das expressões usuais
(para quem ainda não sabia...)
O 1/5 e os 2/5 dos infernos
Durante o Século 18, o Brasil-Colônia pagava um alto tributo para seu colonizador, Portugal.Esse tributo incidia sobre tudo o que fosse produzido em nosso País e correspondia a 20% (ou seja, 1/5) da produção. Essa taxação altíssima e absurda era chamada de "O Quinto".Esse imposto recaía principalmente sobre a nossa produção de ouro.O "Quinto" era tão odiado pelos brasileiros, que, quando se referiam a ele, diziam"O Quinto dos Infernos".E isso virou sinônimo de tudo que é ruim.A Coroa Portuguesa quis, em determinado momento, cobrar os "quintos atrasados" de uma única vez, no episódio conhecido como "Derrama".Isso revoltou a população, gerando o incidente chamado de "Inconfidência Mineira", que teve seu ponto culminante na prisão e julgamento de Joaquim José da Silva Xavier, o TiradentesDe acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário IBPT, a carga tributária brasileira chegou ao final do ano de 2011 a 38% ou praticamente 2/5 (dois quintos) de nossa produção.Ou seja, a carga tributária que nos aflige é praticamente o dobro daquela exigida por Portugal à época da Inconfidência Mineira, o que significa que pagamos hoje literalmente "dois quintos dos infernos" de impostos...Para quê?Para sustentar a corrupção? Os mensaleiros? O Senado com sua legião de "Diretores"? A festa das passagens, o bacanal (literalmente) com o dinheiro público, as comissões e jetons, a farra familiar nos 3 Poderes (Executivo/Legislativo e Judiciário)?Nosso dinheiro é confiscado no dobro do valor do "quinto dos infernos" para sustentar essa corja, que nos custa (já feitas as atualizações) o dobro do que custava toda a Corte Portuguesa!E pensar que Tiradentes foi enforcado porque se insurgiu contra a metade dos impostos que pagamos atualmente...!Não deixem de repassar... estaremos, pelo menos, contribuindo para relembrar parte da História do Brasil...
A "décima" era o imposto cobrado aos proprietários antigamente. Pagavam a décima parte dos rendimentos obtidos. Eram cobrados ainda: "o braçal" aos homens que trabalhavam, se não trabalhassem pagavam à mesma, a licença de isqueiro a quem usasse, imposto de circulação para bicicletas. Sendo estes três últimos bastante controversos.
E sabem como chegavam às pessoas os avisos de pagamento?
Eram espetados num arame que por sua vez estava pendurado numa porteira de madeira que dava entrada para o pátio do primo Adelino, junto à fonte de baixo.
Ali se dirigiam todos os habitantes que sabiam ler e procuravam o aviso com o seu nome. Quem não sabia ler tinha que pedir a quem soubesse.
Não sei ao certo por quem eram ali colocados, mas suponho que poderia ser qualquer portador que passasse pela repartição de finanças do concelho e fazia o "favor" de os trazer.
Até ao fim do mês davam corda aos sapatos, (porque o bilhete da camioneta custava 22 tostões) e iam pagar à Castanheira. Quem não podia ir tinha que pedir a quem fosse para lhe fazer o pagamento.
Quem deixasse passar o prazo dizia-se que deixou ir a décima para o relaxo pelo que viria a pagar com juros que iam aumentando com o tempo. Sendo proporcinal ao valor da divida o valor dos primeiros juros eram uns tostões a mais.
No local indicado pela seta existia uma porteira semelhante à da foto seguinte
Esta ainda serve para afixação de cartazes